Beleza põe mesa sim senhor!

Informação, enquanto conceito, carrega uma diversidade de significados, do uso quotidiano ao técnico.

O desejo por absorver cada vez mais e mais informação acompanha a evolução do ser humano e está enraizado na sociedade.

'Era da Informação', 'Era do Conhecimento', 'Sociedade do Conhecimento', são termos comumente usados ao fazermos referência aos dias atuais.

Nos tornamos sedentos por conhecimento e somos como esponjas atentas para absorver qualquer gota de informação que ouse, não importe o canal, se aproximar.

A transformação da sociedade contribuiu para esse fenômeno.

O acesso à informação é plural hoje.

TV e internet são fontes abundantes de informação, entretenimento e conhecimento.

Essa vasta oferta de conteúdo é extremamente positiva e perigosa.

Ao mesmo tempo em que coisas boas se multiplicam, coisas ruins se espalham na mesma velocidade.

Mas lidar com essa questão é um preço aceitável e inerente de qualquer transformação.

Longe foi o tempo que os telejornais em horário nobre eram a única fonte segura de informação.

Horário nobre hoje é qual você escolher, basta estender a mão, está tudo ao alcance de um clique.

E mesmo os sérios telejornais sofreram intervenções do tempo.

A sisudez com que eram apresentados ficou no passado.

Não cabe mais nos dias atuais a imagem engessada de pessoas que sequer fazem menção de mexer o pescoço para o lado enquanto elas próprias, ou seu companheiro de bancada, transmitem para o telespectador em forma de notícia o mar de letras que surge em seu teleprompter.

E sim, apresentador foi usado na forma masculina.

Bancadas de telejornais povoadas pelo até então sexo frágil são muito comuns hoje, mas no passado eram inimagináveis.

A humanização do telejornalismo acredito tenha sido natural e inevitável, uma imposição sem pressão da sociedade, o fluxo normal dos acontecimentos.

Com tantas opções e alternativas, cativar é o único caminho.

Mas isso não significa não transmitir serenidade e confiabilidade.

Meses atrás a apresentadora Patrícia Poeta passou a dividir a apresentação do Jornal Nacional com William Bonner.

Muitos torceram o nariz e temeram o resultado ao tomarem conhecimento que Fátima Bernardes deixaria de ser a companheira do marido na bancada do mais famoso telejornal do país, depois de muitos anos.

A desconfiança teve vários aspectos. Entre eles a simpatia e confiabilidade transmitida por sua antecessora, o fato da novata do JN ser esposa de um diretor da emissora global, e a aversão por mudanças, inerente do ser humano em geral.

Eis que, alguns meses depois, o resultado da mudança pode começar a ser analisado.

Pesquisas indicam que a audiência do JN cresceu.

O crescimento não foi grande, mas o simples fato de ter sido registrado indica que o temor de alguns não foi confirmado.

A competência da apresentadora foi fator preponderante para isso sem dúvida, independente do caminho dela ter sido ou não mais fácil por conta de seu relacionamento.

Porém acredito que algo também deve ser ressaltado: a beleza.

Ela é uma mulher belíssima e isso influencia, sem dúvida.

Gostamos de ver o que consideramos belo e cativante.

É agradável demais ver aquela bela mulher na telinha, mesmo que falando de assuntos indigestos.

Beleza põe mesa sim senhor! Desde que recheada com bom conteúdo e acompanhada de competência.



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