O Clube dos 100

O censo 2010 revelou que existem no Brasil quase 24 mil pessoas com mais de 100 anos de idade.

A contagem do censo mostrou que são sete milhões de idosos a mais do que há dez anos.

A expectativa de vida aumentou três anos, de 70,5 para 73,1.

Os homens e mulheres que passaram dos cem anos, ajudaram na conta.

Bahia é o estado com o maior número de brasileiros centenários, com 3.525.

Depois vem de São Paulo (3.146) e Minas Gerais (2.597).

Os dados são referentes ao Censo Demográfico 2010 e hoje podem ser um pouco diferentes, para mais ou para menos.

Alguns países celebram o centenário de um cidadão com uma carta do presidente ou do monarca, ou mesmo com algum prêmio em dinheiro.

Como o número de centenários é relativamente baixo hoje em dia, esse tipo de tratativa especial ainda é possível.

Mas o 'Clube dos 100' tem crescido e vai ser aumentar exponencialmente nos próximos anos.

Institutos fizeram projeção para cinco países que serão habitados por nada mais nada menos que 1 milhão de centenários cada um.

É isso mesmo! Países com mais de 1 milhão de habitantes com mais de 100 anos!

Cinco países terão população acima dos 100 anos superior a 1 milhão de pessoas até o fim do século.

China deve atingir essa marca em 2069 enquanto o Brasil em 2100.

Veja no gráfico abaixo os países que atingirão essa marca e quando.


Essa perspectiva me causa grande felicidade e preocupação.

A possibilidade de viver 100 anos e cada vez com mais autonomia é sonho do ser humano desde sempre.

A longevidade extrema é busca sem fim.

Dedicamos boa parte de nossa até então curta vida policiando nossos atos em prol de um viver mais saudável e duradouro.

Parece que Oscar Niemeyer, que já foi referenciado em um dos posts, deixará de ser a exceção absoluta em um futuro não tão distante.

A preocupação consiste no fato de que devemos, em função dessa constatação, mudar rápida e drasticamente nossos cuidados em relação aos idosos.

Não estamos preparados para lidar com essa legião de idosos que está se demonstrando.

Nós jovens não temos paciência e não tratamos essa questão em nossas prioridades quando discutimos o planejamento de nossa nação.

É preciso mudar a maneira de pensar e conduzir esse tema.

Não iremos querer ser os centenários de amanhã se os jovens tiverem o mesmo comportamento que nós temos hoje com nossos velhinhos.

Respeito, dignidade e adoção de políticas públicas voltadas para o bem-estar dessa camada crescente da população é nossa obrigação.


Referência

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