Seu território principal é delimitado a sul e a leste pelo Mar Mediterrâneo, com exceção a uma pequena fronteira com o território britânico ultramarino de Gibraltar; ao norte pela França, Andorra e pelo Golfo da Biscaia e ao noroeste e oeste pelo Oceano Atlântico e por Portugal.
O território espanhol inclui ainda as Ilhas Baleares, no Mediterrâneo, as Ilhas Canárias, no Oceano Atlântico, próximas da costa Africana e duas cidades autônomas no norte de África, Ceuta e Melilla, que fazem fronteira com o Marrocos.
Com uma área de 504 030 km², a Espanha é, depois da França, o segundo maior país da Europa Ocidental e da União Europeia.
O país foi uma importante fonte de influência para outras regiões, principalmente durante a Era Moderna, quando se tornou um império mundial que deixou como legado mais de 400 milhões de falantes do espanhol espalhados pelo mundo.
O país sempre foi um destino muito procurado por brasileiros em viagens de turismo e também em busca de melhores oportunidades de trabalho, mesmo que de maneira ilegal.
Desde 2002, após um aquecimento da economia gerado por um boom imobiliário, houve um aumento na oferta de empregos na Espanha e o país se converteu em um dos destinos preferidos de imigrantes de todo o mundo.
Os brasileiros descobriram as oportunidades que a Espanha oferece e hoje são a sétima população com maior presença no país - mas dos 110 mil imigrantes apenas 68 mil vivem legalmente.
Além das oportunidades de trabalho, a facilidade da língua, o clima e a presença dos compatriotas fazem o contingente aumentar a cada ano.
Por conta desse cenário a relação entre os visitantes brasileiros e o país europeu foi muito difícil nos últimos anos e alguns casos extremos foram noticiados amplamente pela imprensa nacional.
Títulos como ‘Espanha barra e deporta brasileiros’ se tornaram corriqueiros em nossos telejornais.
Esses dados oficiais indicam que por volta de oito viajantes por dia eram barrados e a principal reclamação dos brasileiros era que a embaixada brasileira não oferecia nenhum suporte aos envolvidos nesse imbróglio internacional.
Relatos de pessoas que se viram envolvidas nessa situação indicam maus tratos aos brasileiros que eram detidos ao desembarcar.
Uma jovem contou que ficou retida com outras 40 pessoas durante três dias: sem banho e comendo pão duro, carne seca e batatas fritas esmagadas.
Era o fim de um sonho profissional que nem havia começado ou o precoce fim de férias dessas pessoas.
Pelo direito internacional, cada nação tem liberdade para decidir sobre a entrada de estrangeiros em seu solo, e as justificativas das recusas não são obrigatórias.
Os motivos para a não admissão dos brasileiros, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, foram a falta da carta-convite, um documento exigido a estrangeiros pelo governo espanhol, e de dinheiro comprovado para arcar com os custos da estadia.
A Espanha vivia um bom momento na economia e adotou políticas para se proteger da invasão de estrangeiros.
Essa atitude espanhola teve reflexo nas políticas brasileiras para admissão de espanhóis em solo tupiniquim.
Conhecido por deixar suas portas abertas a quem quiser adentrar em nosso solo, o Brasil passou a dificultar e até barrar espanhóis em um movimento de retaliação diplomático.
Após um período de ações extraoficiais nesse sentido o Brasil adotou oficialmente o exercício da reciprocidade e tornou mais rígida a seleção dos espanhóis que podem entrar no país. Turistas espanhóis terão, entre outras exigências, que comprovar bilhete de ida e volta, o mínimo de R$ 170 por dia de permanência e comprovação da reserva do hotel ou carta-convite do anfitrião, caso o viajante fique em casa particular.
Diante de sucessivas reclamações de maus-tratos sofridos por brasileiros no aeroporto de Barajas, em Madri, o Brasil passou a adotar, desde abril, critérios semelhantes para o ingresso de espanhóis no território brasileiro.
Após esse movimento brasileiro a Espanha se pronunciou.
"Sabemos que foram colocados alguns problemas nos últimos anos, mas as autoridades competentes espanholas estão estabelecendo medidas efetivas que agilizarão os trâmites para facilitar a entrada de cidadãos brasileiros", disse o rei da Espanha, Juan Carlos 1º, fez um discurso no Itamaraty essa semana.
O rei disse ainda que os brasileiros "são muito bem-vindos na Espanha" e destacou a "cooperação construtiva" entre os dois governos para superar o impasse.
Em comunicado conjunto divulgado nesta terça-feira, fica definido que a carta-convite a ser apresentada por brasileiros em viagem ao país europeu será mais simplificada, por exemplo.
Mas analisando a situação fico com dúvidas sobre o real motivo desse relaxamento espanhol no tocante à entrada de brasileiros.
Será que essa decisão é apenas resultado de acordo diplomático entre os dois países?
Tenho minhas dúvidas.
A tão falada crise no mercado internacional não tem poupado ninguém e muitos países têm revisto decisões antes imutáveis.
Já falei sobre a mudança ocorrida em solo americano para facilitar a entrada de turistas e dinheiro brasileiro no post Quem te viu e quem te vê, Tio Sam.
E parece que temos movimento parecido na Espanha.
Acho que a possibilidade crescente do dinheiro verde e amarelo aquecer o mercado espanhol está se sobressaindo e a arrogância e acidez de praxe estão sendo deixadas de lado.
Nem sempre quem nos abraça quer demonstrar carinho. Pode ser apenas um subterfúgio para nos ver pelas costas.
Referência
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espanha
http://www.istoe.com.br/reportagens/1198_ESPANHA+BARRA+BRASILEIROS
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