Cadê a contrapartida?


A Contabilidade é, por definição básica, a ciência que estuda e controla o patrimônio, tendo como objetivo:
  • Representá-lo graficamente;
  • Evidenciar suas variações;
  • Estabelecer normas para sua interpretação, análise e auditagem;
  • Servir como instrumento básico para a tomada de decisões.


Diversas técnicas são usadas pela contabilidade para que seus objetivos sejam atingidos:
  • Escrituração: forma desta ciência registrar as ocorrências patrimoniais;
  • Demonstrações contábeis: consiste em apresentar todos os registros efetuados de maneira a obter maiores informações sobre resultados atingidos pela empresa em um determinado período;
  • Análise: técnica que permite decompor, comparar e interpretar o conteúdo das demonstrações contábeis;
  • Auditoria: exame detalhado de todos os dados escriturados pela contabilidade, verificando se todos foram efetuados seguindo os princípios fundamentais da contabilidade.
Há relatos de que as primeiras manifestações contábeis datam de cerca de 2.000 a.C., com os sumérios. Num mercado baseado na troca de mercadorias, a contabilidade servia para definir quanto alguém possuía de uma determinada mercadoria e qual o valor de troca dessa mercadoria em relação à outra.

Nesse contexto o método definido como partidas dobradas exerce papel fundamental na contabilidade e consiste em registrar duplamente os eventos econômicos, em termos de fontes e destinações dos recursos. Ou seja, cada transação financeira é registrada na forma de entradas em pelo menos duas contas, nas quais o total de débitos deve ser igual ao total de créditos.

O termo contrapartida ganhou vida além do conceito contábil.
É hoje muito utilizado no contexto social, e diz respeito à compensação, troca.

Mas vou direcionar esse tema para outro lado, não menos importante.

Estou negociando a renovação do seguro do meu carro, e isso me faz pensar em muitas coisas da mesma natureza.

Sou um cidadão comum, como a maioria da população, e pago todos os impostos e encargos que são determinados compulsoriamente por todas as esferas governamentais.

O Brasil é conhecido como um dos países com maior carga tributária do mundo e com maiores taxas de impostos cobradas direta e indiretamente da população.

O problema é que pagamos muito caro e 2 vezes, no mínimo, por serviços básicos.
  • Pagamos para o governo, que deveria oferecer serviços para a população, conforme previsto em legislação; 
  • Pagamos para a iniciativa privada, pois o governo não cumpre seu papel e presta serviços de baixa qualidade e pouca disponibilidade.

Para citar alguns serviços que temos que arcar devido à ineficiência dos órgãos públicos, temos os seguintes:
  • Seguro de automóvel;
  • Seguro residencial;
  • Educação;
  • Plano de saúde;
  • Segurança da rua;
  • Pedágio.
Algo não está fechando nesse cenário.

Se toda ação tem uma reação, ou seja, se toda partida tem uma contrapartida, onde está a contrapartida para os impostos que pagamos?

Se tenho que contratar no setor privado serviços básicos que envolvem questões fundamentais como saúde, segurança e educação, por que tenho que pagar impostos?

Lembrando que imposto é a imposição de um encargo financeiro ou outro tributo sobre o contribuinte (pessoa física ou jurídica) e, em tese, os recursos arrecadados pelos governos são revertidos para o bem comum, para investimentos e custeio de bens e serviços públicos, como saúde, segurança e educação.

Sei que é utópico desejar e acreditar em um cenário diferente, mas é tão absurdo quanto histórico, e estamos tão acostumados que nem reclamamos.

Cadê a contrapartida?


Referência
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade
http://www.contabilidade.inf.br/o_que_e_a_contabilidade.asp
http://www.fea.usp.br/conteudo.php?i=200


Nenhum comentário:

Postar um comentário