
Direto e profundo.
Uma das mais tradicionais músicas brasileiras sobre o Natal se inicia com um questionamento importante.
É Natal, tempo de renascimento, de renovação.
E você? O que você fez?
Tempo de reflexão, hoje em dia banalizado.
Tudo são festas, presentes e viagens.
Bebidas, comidas e afins.
Ela é tão tradicional quanto criticada.
Muitos não aguentam mais ouvi-la nesse período.
A questão é que desde seu lançamento, em 1995, nada surgiu nesse aspecto, relacionado a esse assunto.
Na era dos 'tchu', 'tcha', 'ratata' e afins, nenhum conteúdo relacionado a esse período se apresentou.
A música é um convite para reflexão.
Pro enfermo e pro são, pro rico e pro pobre.
É tempo, para todos.
Porém nem todos temos tempo.
O ano termina, e nasce outra vez.
E a pergunta do início se mantém.
E você? O que você fez?
Então bom Natal, e um ano novo também.
Que seja feliz quem souber o que é o bem.
Saber o que é o bem.
Complexo.
O bem e nossos desejos circundam cada vez mais apenas o espaço próximo a nossos próprios umbigos.
Hiroshima, Nagasaki, Mururoa.
Pouco importa.
Na verdade, importa.
Comentar superficialmente sobre tragédias nas redes sociais nos geram curtidas.
Nesse caso importa, e muito.
Desejos para o novo ano que se aproxima.
Sempre os melhores.
Utópicos, claro.
Um ano menos superficial.
Que um suposto erro não seja potencializado em detrimento aos inúmeros acertos.
Que as tecnologias deixem de aproximar os distantes e afastar os próximos.
Que um sorriso e um abraço sejam mais valorizados que uma curtida.
Que fotos registrem a realidade e não uma verdade inventada para um pretenso bem-estar social, em rede social.
Menos Face e mais Book.
Então, é Natal!
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