Dias se passam e pouco ou nada muda.
Meses e até anos também se vão.
E nada muda.
As peças do tabuleiro são trocadas, mas o jogo segue o mesmo roteiro.
Xeque mate? Não!
Cansaço.
Meses depois a água da cachoeira ainda jorra.
E respinga em muita gente.
Nem todos tem a blindagem da estrelinha vermelha no peito.
Denise Leitão Rocha ao invés de Carolina Dieckmann.
Vídeo ao invés de fotos.
Ex-anônima cobiçada por revistas masculinas.
E quem sabe por produtoras de filmes pornô.
Sorria! Você está sendo filmado.
Mas faça um sorriso recatado ou amanhã você pode ser surpreendida com seus dentes expostos na grande rede.
Covardia que segue.
Massacre na terra onde arma é comprada com a mesma facilidade que uma garrafa de refrigerante.
Tudo se modifica sem nada mudar.
O sentimento de viver um constante Déjà vu é aterrorizante.
Refém de um barco à deriva.
Como sei que esse cara entrando pela porta do hipermercado não se acha o novo cavaleiro das trevas?
E esse outro aqui do lado? Ele realmente vai sacar a carteira do bolso?
É como andar em estrada de mão dupla.
Como saber para onde vai à luz que vem em minha direção?
Medo?
Chama o Mussum. Ele está em todas!
E não tema.
Que loira do banheiro, que nada!
Muito menos bicho papão!
Medo mesmo eu tenho da Nina.
E da cobertura que a mídia faz dos acontecimentos de Londres, deixando o mundo real como simples nota de rodapé.
Mas o que importa?
Existe coisa muito mais importante!

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