Certo dia recebi um e-mail cujo assunto era unicamente a
palavra que dá título a este post.
A começar apenas do assunto, o e-mail já é equivocado.
O e-mail tinha como único destinatário a minha conta de
e-mail.
Dessa forma, por razões óbvias a meu ver, ele era, como
todos os outros com essa característica, confidencial.
Caso contrário não seria um e-mail com destinatário único.
Haveriam outras contas de e-mail em cópia.
Ou não seria um e-mail e sim um post em uma rede social ou
algo similar.
Talvez, 'pensando aqui agora com meus botões', pode ser que
havia uma conta de e-mail em cópia oculta.
O que justificaria o uso do e-mail.
Mas não o uso do termo 'confidencial'.
Como não existia WhatsApp na época, vamos considerar isso
como um atenuante.
Confusão semântica de lado, segue o fluxo.
Por definição, há fogo quando há combustão.
Existir elementos, no PLURAL mesmo, necessários para iniciar uma
combustão.
Uma combustão não brota do nada.
O triângulo do fogo, como definido por convenção, é a
representação dos três elementos necessários para iniciar uma combustão.
O combustível fornece energia para a queima.
O comburente é a substância que reage quimicamente com o
combustível.
O calor é necessário para iniciar a reação entre combustível
e comburente.
Dando nome aos bois.
Ou vacas.
Ou quaisquer outros sem nome até o momento.
Combustível: É tudo que é suscetível de entrar em combustão
(madeira, papel, pano, estopa, tinta, alguns metais, etc.)
Comburente: É todo elemento que, associando-se quimicamente
ao combustível, é capaz de fazê-lo entrar em combustão (o oxigênio é o
principal comburente).
Temperatura de Ignição: Além do combustível e do comburente,
é necessária uma terceira condição para que a combustão possa se processar.
Esta condição é a temperatura de ignição, que é a temperatura acima da qual um
combustível pode queimar.
Não é necessário ser um perito em química ou um palestrante
de cursos de brigada de incêndio para realizar algumas deduções lógicas com as
informações acima.
Adaptando um famoso dito popular para esse cenário.
Quando um não quer, três não queimam.
Simples assim.
Não adianta, após um princípio de incêndio ou um incêndio de
dimensões aterrorizantes, o comburente apontar o dedo na cara do combustível e
cobrar os danos ocorridos.
Nunca se esqueça do triângulo.
Polígono de TRÊS lados.
Sem um dos lados, sem triângulo.
Sem triângulo, sem fogo.
Não adianta dissertar sobre a importação ou atuação de um
dos lados.
Para a combustão, os três estavam lá.
Portanto, sem desculpas e motivos invocados como
subterfúgio.
Ou, simplificando.
'Não me venha com churumelas!'