Já escrevi sobre mediocridade outras vezes.
Pensei sobre o assunto outras tantas.
A definição literal indica que medíocre é o que 'está entre
o grande e o pequeno, entre o bom e o mau'.
Portanto algo mediano, acometido de 'falta de criatividade
ou originalidade', dotado simplesmente de 'características comuns'.
'Algo ou alguém que não tem grande valor intelectual; sem
capacidade para realizar algo; desprovido de talento e que está abaixo da
média'.
Na verdade, analisando friamente a expressão, percebo uma
conotação deturpada.
Ao menos é a impressão que me surge, agora.
A busca pela correta classificação me levou a outros
vocábulos.
'Desprovido de inteligência; que é tolo ou idiota'.
Essa parece ser, nesse instante, a descrição mais correta.
O que nos leva ao termo do momento.
Imbecil.
Isso porque, seguindo a leitura de sua definição no
dicionário temos as elucidantes características a seguir.
'Que expressa imbecilidade; que não tem sentido; banal'.
'Que não possui forças; fraco'.
'Sem coragem; covarde'.
'Que se refere ou particular da pessoa imbecil:
comportamento imbecil'.
'Pessoa imbecil; aquele que não possui inteligência'.
Essa disputa daria um ótimo título.
O imbecil e o medíocre.
Como é pouco provável que esse título, por mais brilhante
que seja, venha estampar um filme, peça de teatro ou qualquer outra obra, eu
farei uso.
Disputa?
Não.
Complementos.
O imbecil e o medíocre andam justos.
Juntos são descrição perfeita.
Companheiros.
Tal qual outros tantos.
Arroz e feijão.
Romeu e Julieta. Queijo e goiabada.
Vida adulta e frustrações.
Não existe conotação pejorativa na definição.
Os termos título do post são comumente usados no imperativo,
com voz empostada, tal qual um xingamento, quase sempre deflagrando reações
consternadas do alvo.
Não é o caso.
É puramente questão de semântica.
Usado como uma definição de estado.
Estado de espírito e de existência.
Classificação, conhecimento e não agressão.
Até porque agressão a si próprio seria autoflagelo.