Desistir



De brigar.

De desejar.

De esperar.

A chegada do momento que o cansaço mental extrapola todos os aspectos é um marco irreversível.

Inserção repetida.

Mensagens subliminares constantes.

Não há nada mais danoso para a estrutura, por mais resistente e resiliente.

O ser humano pode julgar em determinados momentos de sua vida que o limite nunca será alcançado.

Ledo engano.

Uns têm o limite extremamente próximo.

Outros longínquos.

Porém, independente da distância, todos alcançáveis.

Estafa.

Sofreguidão.

Fim.

O imbecil e o medíocre



Já escrevi sobre mediocridade outras vezes.

Pensei sobre o assunto outras tantas.

A definição literal indica que medíocre é o que 'está entre o grande e o pequeno, entre o bom e o mau'.

Portanto algo mediano, acometido de 'falta de criatividade ou originalidade', dotado simplesmente de 'características comuns'.

'Algo ou alguém que não tem grande valor intelectual; sem capacidade para realizar algo; desprovido de talento e que está abaixo da média'.

Na verdade, analisando friamente a expressão, percebo uma conotação deturpada.

Ao menos é a impressão que me surge, agora.

A busca pela correta classificação me levou a outros vocábulos.

'Desprovido de inteligência; que é tolo ou idiota'.

Essa parece ser, nesse instante, a descrição mais correta.

O que nos leva ao termo do momento.

Imbecil.

Isso porque, seguindo a leitura de sua definição no dicionário temos as elucidantes características a seguir.

'Que expressa imbecilidade; que não tem sentido; banal'.

'Que não possui forças; fraco'.

'Sem coragem; covarde'.

'Que se refere ou particular da pessoa imbecil: comportamento imbecil'.

'Pessoa imbecil; aquele que não possui inteligência'.

Essa disputa daria um ótimo título.

O imbecil e o medíocre.

Como é pouco provável que esse título, por mais brilhante que seja, venha estampar um filme, peça de teatro ou qualquer outra obra, eu farei uso.

Disputa?

Não.

Complementos.

O imbecil e o medíocre andam justos.

Juntos são descrição perfeita.

Companheiros.

Tal qual outros tantos.

Arroz e feijão.

Romeu e Julieta. Queijo e goiabada.

Vida adulta e frustrações.

Não existe conotação pejorativa na definição.

Os termos título do post são comumente usados no imperativo, com voz empostada, tal qual um xingamento, quase sempre deflagrando reações consternadas do alvo.

Não é o caso.

É puramente questão de semântica.

Usado como uma definição de estado.

Estado de espírito e de existência.

Classificação, conhecimento e não agressão.

Até porque agressão a si próprio seria autoflagelo.