Em busca da mediocridade



Uma busca necessita de um objetivo.

Procurar algo sem saber de fato o que é ou ao menos algumas características, é uma tarefa mais complicada.

Não acho que a perseguição solitária seja pior, por vezes pode ser melhor.

O problema é perseguir algo em prol da coletividade, de um proposto e suposto objetivo mais amplo, e trilhar o caminho sozinho.

Porém, ao alcançar o objetivo, os demais fazerem uso tanto quanto ou mais e as vezes exclusivamente, deixando o insólito explorador, agora sem função, de lado.

Will Smith esteve Em Busca da Felicidade no drama americano.

Supostamente baseado em uma história real, o personagem, após apanhar da vida, atinge seu objetivo.

Ficção, claro.

Mas o paralelo funciona.

Por pior que fosse o cenário, o objetivo era claro em sua mente e suas ações voltadas para tal.

O que seria dessa busca, sem objetivo?

Não seria uma busca.

Seria um conjunto de reações, automáticas.

Respostas a estímulos externos.

No início com grau elevando de análise, crítica e expectativa.

Depois, com tempo variando conforme a resiliência de cada um, entraria no automático.

Tanto faz.

Bambu enverga com mais facilidade quando novo.

Depois, velho e seco, se rompe com facilidade.

Simples assim.

Sem prazer.

Sem felicidade.

Só mediocridade.