Cada um com seu motivo


Hoje entendo.

Nunca fui fã de filmes e séries com apelo totalmente futurista e apoiado ao extremo na ficção.

Ao contrário, sempre tive relativa aversão.

Desde muito cedo cultivei esse comportamento.

Na minha adolescência assistia muitos filmes.

Raros os dias que não ia locar um VHS.

Um Sonho de Liberdade, Seven, Sociedade dos Poetas Mortos e por aí vai.

Na contramão da minha geração, que até hoje é frequentadora assídua dos cinemas quando por lá pintam Vingadores e companhia.

Não entendia isso.

Por que essa febre pelo claramente irreal?

Não que os filmes que citei acima fossem cópia da vida, possíveis.

Mas o apelo é outro.

Eis que o tempo passa.

E hoje, as vésperas dos meus 36, meu comportamento é outro.

Acabo de assistir a trilogia de Jogos Vorazes.

E me decidi por a partir de agora me ater mais nesse tipo de obra.

Acreditar no subconsciente que Katniss existe.

Cada um tem o seu motivo.

Quanto mais submerso nesse universo fictício, mais longe da realidade.

Em novembro Mockingjay, parte 2.

Que venham tantos outros.

A fuga continua.