A cauda dos pavões gerou o interesse de várias culturas, pela sua exuberância de cores e beleza das penas.
No topo de cada fileira de penas do pavão você verá um ocelo redondo e brilhante, ou um pequeno olho.
Chama-se pavão a aves dos géneros Pavo e Afropavo da família dos faisões.
Os pavões preferem alimentar-se de insetos e outros pequenos invertebrados, mas também comem sementes, folhas e pétalas.
Os pavões exibem um complicado ritual de acasalamento, do qual a cauda extravagante do macho teria um papel principal.
As características da cauda colorida, que chega a ter dois metros de comprimento e pode ser aberta como um leque, não têm qualquer utilidade quotidiana para o animal e seriam um exemplo de seleção sexual.
Podemos fazer analogia importante com o ser humano a partir do comportamento do pavão.
Nos zoológicos os pavões geralmente ficam soltos, transitam entre os visitantes.
Geralmente não são perigosos no contato com o ser humano.
Não demandam cuidados especiais.
Não é um animal que normalmente adultos e crianças saem de casa para contemplar.
Leões, elefantes, girafas e pinguins, por exemplo, são sempre citados nas conversas prévias às visitas aos zoológicos e parques.
Esses, porém tem um comportamento em sua maioria discreto.
Ficam separados do público em jaulas.
De lá não saem pra nada.
Ao contrário do pavão, que goza liberdade extrema.
Parece que o pavão sabe da predileção dos visitantes para seus trancafiados companheiros.
Seu comportamento insinua isso.
Faz questão de andar entre as pessoas, principalmente as crianças.
Elas os perseguem, como se fora cachorros.
Quando não estão entretendo o público infantil usam outro artifício para ter a atenção para si.
Abre completamente sua cauda, colorida e reluzente.
Domina o ambiente e é impossível não ser notado.
Flashes se voltam para ele.
Câmeras fotográficas e smartphones miram e disparam em sintonia o 'posudo' animal.
Dono da situação.
Mostra que atitude é mais relevante do que importância.
Não é o rei da selva, nem vem de congeladas terras distantes ou pesa toneladas.
É recorrente por aqui.
Longe de qualquer ameaça de extinção.
Pode ser visto aos montes.
Vende seu peixe com propriedade.
Chama atenção.
Faz alarde.
Muito por nada?
Pode ser.
Mas não importa.
Enquanto excêntricas espécies em extinção ficam carrancudas dentro de suas gaiolas, o pavão está lá.
Enquanto animais trabalhadores estão em suas atividades diárias, rotina cansativa e necessária, garantindo a existência das espécies, incluindo o próprio pavão, ele está lá.
Cauda esvoaçante em envergadura extrema.
É agora o rei do zoológico.
Não de fato nem de direito, mas de ocasião.
Por convencimento.
Mostra o verdadeiro poder de um belo rabo.